Explicamos o que é uma utopia, a origem do termo e diversas utopias imaginadas na história. Além disso, o que é uma distopia.
O que é uma utopia?
A utopia é chamada uma comunidade imaginária que possui características ideais e, portanto, não existe. As utopias são utilizadas como modelo a seguir pelas organizações sociais e políticas: são modelos que funcionam como horizonte para uma sociedade.
Palavra utopia Apareceu pela primeira vez em 1516, na obra utopia, de Thomas More (1478-1535). Esse texto descrevia uma sociedade perfeita numa ilha fictícia na América que contrastava com a Inglaterra da época.
Em geral, as utopias são utilizadas para marcar a necessidade de justiça económica e política e de igualdade. O método utilizado para alcançar esta igualdade varia dependendo da ideologia à qual a utopia atribui.
Contudo, toda utopia corre o risco de que a sua essência contraditória contenha: Uma sociedade justa e homogénea não é compatível com a heterogeneidade natural de cada grupo humano..
Etimologia: O termo “utopia” é uma palavra tirada do grego e usada por Thomas More pela primeira vez em 1516, que chamou sua obra de utopia. Vem do grego ou (“Não e topos (“lugar”), portanto significa “não-lugar” ou “lugar inexistente”. Algumas teorias afirmam que a “utopia” vem UE (“bom e topos (“lugar”), isto é, “bom lugar”. Muito provavelmente, Thomas More quis brincar com ambas as ideias: um “não-lugar” que é ao mesmo tempo um “bom lugar”.
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História
O conceito de utopia Foi aplicado a diferentes cidades imaginárias da Antiguidade. A cidade de Dilmun na mitologia mesopotâmica, a ilha dos Feácios descrita na Odisseia ou o Israel utópico no livro de Ezequiel no Antigo Testamento são alguns exemplos.
Além da utopia de More, alguns exemplos de sociedades ideais são:
- República de Platón (c. 427-347 a. C.),
- A cidade de Deus de Santo Agostinho de Hipona (354-430)
- A cidade do sol de Tommaso Campanella (1568-1639)
- A Nova Atlântida por Francis Bacon (1561-1626).
As utopias proliferaram durante o Renascimento, época em que eram utilizadas para pensar o futuro das sociedades reais.
Porém, A partir do século XIX, o termo “utópico” assumiu conotações políticas. e estava associado ao pensamento dos movimentos socialistas anteriores ao marxismo. Alguns pensadores como Henri de Saint Simon (1760-1825), Charles Fourier (1772-1837) ou Robert Owen (1771-1858) conceberam diferentes procedimentos que mais tarde foram entendidos como “comunismo utópico”, contrastando com o comunismo científico de Friedrich Engels (1820-1895) e Karl Marx (1818-1883).
Hoje, o termo utopia é usado com muita frequência para descrever as ambições económicas, políticas, sociais e ecológicas que são mais difíceis de aplicar no modelo capitalista industrializado. O termo “tecnoutopia” é usado para nomear a crença de que os avanços tecnológicos podem, um dia, levar a uma sociedade ideal.
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Utopia e distopia
Enquanto as utopias promovem uma sociedade ideal, distopias são usadas para imaginar uma sociedade indesejável em si mesma. “Distopia” é um antônimo direto de utopia.
Embora o termo “antiutopia” já aparecesse na obra de Thomas More do século XVI, a criação da “distopia” é atribuída a John Stuart Mill (1806-1873) no seu discurso ao parlamento em 1868.
Algumas distopias famosas aparecem em obras literárias:
- Um mundo feliz (1932) de Aldus Huxley (1894-1963),
- 1984 (1947) de George Orwell (1903-1950),
- Fahrenheit 451 (1953), de Ray Bradbury (1920-2012).
Mais em: Distopia
Referências
- Mais, Tomás (1615). utopia. Traduzido Dom Francisco de Quevedo e Villegas. M. Repulles.
- CELENTANO, Adrián. (2005). Utopia: História, conceito e política. Utopia e práxis latino-americana, 10(31), 93-114
- Neusüss A (1992). “Dificuldades de uma sociologia do pensamento utópico.” Em: Sociologia da utopia. Barcelona, Dó, 40