The Rolling Stones – Significado da letra de “Sympathy for the Devil”

“Sympathy for the Devil” é uma aula magistral de narrativa lírica, envolta em uma mortalha de mistério e intriga. Esta música é uma viagem pela história a partir da perspectiva do próprio mal. Os Stones tecem uma narrativa que desafia os ouvintes a confrontar os aspectos mais sombrios da humanidade e da história, encarnados na figura que está por aí causando caos e destruição. Com sua arrogância característica, Mick Jagger dá vida a esse personagem, deixando-nos questionar a natureza do mal.

Curioso para saber como uma música de rock pode encapsular tanta história e filosofia? Os Stones não estão falando apenas de um personagem do passado. Eles estão abrindo a cortina da condição humana, e é um passeio selvagem que você não vai querer perder.


Significado da letra de “Sympathy for the Devil”

“Sympathy for the Devil” dos Rolling Stones é como uma odisseia histórica, apresentada através dos olhos de um personagem arrogante e sinistro. Começando com “Por favor, permita-me que me apresente, sou um homem rico e de bom gosto”, somos imediatamente apresentados a esta figura enigmática. Ele não é qualquer personagem; ele viu o mundo mudar, influenciando eventos históricos. Não se trata apenas de riqueza e bom gosto; trata-se de poder e influência.

Quando ele diz: “Estou por aqui há muito, longo ano, Roubei a alma e a fé de milhões de homens”, é uma metáfora para a influência corruptora do mal ao longo do tempo. É sobre como esse personagem tem sido uma presença constante e sinistra.

As referências a eventos históricos, como a crucificação de Jesus Cristo, a Revolução Russa e a Segunda Guerra Mundial, não são apenas nomes. Eles estão lá para mostrar como o mal tem participado silenciosamente dos assuntos humanos, influenciando e alterando o curso da história.

O refrão, “Prazer em conhecê-lo, espero que você adivinhe meu nome”, é uma provocação. É um desafio ao ouvinte reconhecer esse personagem – uma representação do diabo ou do próprio mal.

A parte mais assustadora pode ser: “Assim como todo policial é um criminoso, E todos os pecadores são santos”, sugerindo que o bem e o mal são as duas faces da mesma moeda. É uma reflexão filosófica sobre a dualidade da natureza humana.

À medida que a música avança, o envolvimento do personagem nos assuntos humanos torna-se mais evidente, terminando com um aviso: “Então, se você me encontrar, tenha alguma cortesia, tenha alguma simpatia e algum bom gosto”. É um lembrete de que este mal, este diabo, não é apenas uma figura histórica; faz parte de nossas vidas diárias, influenciando nossas ações e escolhas.

A história por trás de “Simpatia pelo Diabo”

“Sympathy for the Devil” nasceu num período de imensa convulsão cultural e política. O final da década de 1960 foi uma época de mudanças radicais, e os Stones, especialmente Mick Jagger, foram observadores atentos desse tumulto. A inspiração de Jagger veio em parte das obras do autor russo Mikhail Bulgakov, particularmente “O Mestre e Margarita”, um romance onde o diabo visita a Rússia Soviética. Essa influência é evidente no estilo narrativo da música e em seu foco no mal como uma figura carismática e influente.

Os Stones também estavam reagindo à natureza mutável da música rock e da sociedade em geral. Este período viu a banda se afastar das canções de amor convencionais, mergulhando em temas mais complexos e sombrios. Eles estavam a reflectir sobre os acontecimentos tumultuosos do seu tempo – os assassínios, as guerras, as mudanças sociais – e a ponderar o papel do mal nos assuntos humanos.

Em “Sympathy for the Devil”, Jagger encarna esse personagem com uma facilidade quase perturbadora, refletindo seu próprio fascínio pelos aspectos mais sombrios da psique humana. A música não é apenas um relato de eventos históricos; é um reflexo do próprio estado mental da banda, explorando as complexidades e ambigüidades do bem e do mal.

“Sympathy for the Devil” continua sendo uma música potente e instigante porque fala da natureza atemporal de seus temas. É sobre a presença constante do mal na história humana e a nossa luta contínua para compreendê-lo e enfrentá-lo.