O oxímoro é uma “figura em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir‐se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão” (HOUAISS, 2001). No poema “Sonetilho do falso Fernando Pessoa”, o emprego dessa figura de linguagem ocorre em: (A) “Onde morri, existo” (L. 2).
Onde nasci morri onde morri existo e das peles que visto muitas há que não vi sem mim como sem ti posso durar desisto de tudo quanto é misto e que odiei ou senti nem fausto nem Mefisto a deusa que se ri deste nosso Aristo?
Sem mim como sem ti posso durar. Desisto de tudo quanto é misto e que odiei ou senti. eis-me a dizer: assisto além, nenhum, aqui, mas não sou eu, nem isto. O mito é o nada que é tudo.