A versão de “I Saw Three Ships” de Nat “King” Cole é uma alegre canção de Natal que captura o espírito do feriado. Com raízes no folclore tradicional inglês, a canção é rica em mistério e alegria. Conta a história de três navios que chegam no dia de Natal, símbolo de trazer presentes ou da chegada de convidados importantes. Algumas interpretações sugerem que os “três navios” representam os três reis magos da história da Natividade, embora eles tenham viajado de camelo. A presença da Virgem Maria e de Cristo na letra aponta para um presépio, celebrando o nascimento de Jesus.
A magia desta música, através da voz aveludada de Cole, reside não apenas na letra, mas no sentimento festivo que evoca. O compositor pretendia captar o calor e a alegria do Natal, atraindo os ouvintes para um cenário de celebração comunitária e reflexão sobre as figuras centrais do feriado cristão.
Prepare-se para entrar em uma cena envolta em alegria festiva, guiada pelos tons aveludados de Nat “King” Cole. “I Saw Three Ships” é uma cápsula do tempo que nos leva de volta à essência do Natal. É uma jornada musical que promete espalhar um pouco da magia das férias no seu dia.
Significado da letra de “I Saw Three Ships”
“Eu vi três navios chegando, no dia de Natal, no dia de Natal”, essas linhas icônicas abrem “I Saw Three Ships” de Nat “King” Cole, e imediatamente, estamos navegando em um mar de simbolismo natalino. A natureza repetitiva destas linhas imita o fluxo e refluxo do mar, possivelmente espelhando a antecipação e o ritmo da própria época festiva. A melodia alegre da música esconde um significado mais profundo, entrelaçando-se com a rica tapeçaria das tradições natalinas.
“E o que havia naqueles três navios?” A pergunta não é apenas uma pergunta literal – é um convite para questionar, para imaginar. Os navios, carregados de mistério, evocam curiosidade e uma sensação de alegria iminente, muito parecida com a sensação de se aproximar a manhã de Natal.
“A Virgem Maria e Cristo estavam lá” traça uma linha direta com as raízes religiosas do feriado, lembrando-nos que no centro da celebração do Natal está o nascimento de Jesus. É uma revelação que fundamenta as imagens fantasiosas dos navios na cena sagrada do presépio. Esta linha é a pedra angular da canção, trazendo o milagroso para o mundano, simbolizando a chegada da esperança e da salvação.
Seguindo em frente, “E todos os Anjos no Céu cantarão”, amplifica a celebração celestial. Não é apenas a terra que está se regozijando, mas os céus também. Esta linha expande o alcance da canção de uma simples observação para uma celebração universal envolvendo toda a criação no júbilo do dia de Natal.
Finalmente, “Então vamos todos nos alegrar novamente” é um apelo à ação, um apelo unificador de alegria e celebração. É um lembrete de que o Natal é uma época de felicidade comunitária, de histórias e canções compartilhadas, uma época para renovar nossas exclamações de alegria ano após ano.
A repetição de “No dia de Natal pela manhã” sublinha a ideia de tradição, de algo ansiosamente aguardado e celebrado colectivamente, num momento que simboliza novos começos e a alegria de dar.
A história por trás de “Eu vi três navios”
Embora Nat “King” Cole não tenha sido o escritor da canção, sua interpretação se tornou um clássico amado, transportando os ouvintes para um cenário de Natal sereno e nevado com sua voz suave e entrega comovente. A canção em si tem séculos, com sua primeira versão impressa datando do século XVII. A sua criação está envolta no tipo de mistério que muitas vezes acompanha as canções folclóricas tradicionais, transmitidas e transformadas através de gerações.
Ao gravar a música, Cole teria consciência do poder da música natalina para unir e elevar. Sua interpretação ocorreu num momento em que o mundo estava faminto por conexão e alegria, no pós-guerra.
A interpretação de Cole permanece atemporal porque vai além das conotações históricas e religiosas. Fala do desejo humano de admiração, de união e de paz – sentimentos que estão no centro da época festiva, não importa a época.