Explicamos quais são as fontes do direito e por que são tão importantes. Além disso, sua hierarquia e classificação.
Quais são as fontes do direito?
As fontes do direito são todas aquelas atos, eventos e tradições passadas que servem para criar, modificar ou extinguir normas jurídicas. Essas fontes variam de acordo com o sistema jurídico de cada nação, mas geralmente são tratados, constituições, códigos, costumes, direito natural, jurisprudência e os órgãos de onde provêm as normas.
A noção de justiça, lei e ordem variou ao longo da história, por isso as primeiras fontes do direito foram influenciadas pela religião, pelos costumes, pela moral e pelos primeiros códigos de conduta da humanidade, como A Bíblia ou o Código de Hamurabi. Contudo, nos tempos modernos também Está incluído entre as fontes do direito aos tratados internacionais, constituições, leis e regulamentos e tudo o que faz parte da história do direito escrito. Também é levado em consideração o direito natural ou universal, cujos princípios estão associados à própria existência do ser humano.
As fontes do direito são úteis porque nos permitem conhecer a origem das normas. Eles também são usados a partir de uma perspectiva histórica ao pensar teórica ou cientificamente sobre o direito como disciplina.
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Tipos de fontes de direito
As fontes do direito, segundo a consideração tradicional, são classificadas como:
- Fontes materiais ou fontes no sentido material. São aqueles fatores e fatos históricos, sociais, econômicos e políticos que afetam o conteúdo, formulação ou modificação de uma norma.
- Fontes formais ou fontes no sentido formal. São os documentos, textos e livros nos quais a lei está formalmente registrada. Também inclui os processos nos quais uma norma é criada, modificada ou promulgada. Alguns exemplos de fontes formais de direito são:
- Legislação. Conjunto de leis e regulamentos emitidos pela autoridade competente e que são válidos num determinado território. As leis regem o comportamento dos indivíduos porque determinam deveres e direitos.
- Jurisprudência. Conjunto de decisões e resoluções emitidas pela autoridade judiciária competente, que podem ter maior ou menor influência nas decisões subsequentes.
- Hábito. Conjunto de comportamentos e situações que ocorrem de forma frequente e sustentável dentro de um grupo social e que não devem contrariar a lei.
- Doutrina. Conjunto de estudos, pareceres e trabalhos realizados por juristas ou fontes qualificadas sobre normas e direito.
- Princípios gerais de direito. Conjunto de enunciados fundamentais da lei que expressam deveres ou orientam condutas. Por exemplo: o princípio da igualdade, o princípio da hierarquia ou o princípio da proporcionalidade.
- Fontes históricas. São documentos herdados do passado que contêm informações relevantes sobre a matéria jurídica ou as leis de sua época. Por exemplo, ele Código de Hamurabivindo da antiga Mesopotâmia.
Outros critérios possíveis, de natureza teórica, sobre as fontes do direito, distinguem entre:
- Fontes políticas. São aqueles que aspiram à organização coletiva ou a processos institucionais, como programas de partidos políticos, por exemplo.
- Fontes culturais. São aqueles obtidos através da observação do passado e do estudo teórico dos assuntos jurídicos atuais.
O entre:
- Fontes originais. São aqueles que criam a lei do nada (do nada“do nada” em latim), como os dos processos políticos revolucionários.
- Fontes derivadas. São aqueles que se inspiram num quadro jurídico anterior.
Hierarquias das fontes do direito
As fontes do direito Eles não têm a mesma importância em todos os sistemas jurídicos, então cada Estado determina a hierarquia que essas fontes têm ao ditar regras ou legislar. Em todos os casos, as fontes de nível inferior não podem contradizer as de nível superior.
Com base na jurisprudência e no seu tratamento como fonte de direito, diferenciam-se dois sistemas principais:
- Sistema continental. É também conhecido como direito europeu (porque é derivado de sistemas como o romano e o grego) e é o que prevalece na maioria dos países europeus e latino-americanos. Para o direito continental, a principal fonte do direito são as normas que emanam dos poderes cuja função é legislar. Neste sistema, a jurisprudência não é considerada como fonte de direito, mas como fonte de interpretação. A hierarquia de fontes dentro deste sistema inclui a Constituição como fonte máxima, seguida de leis, decretos, regulamentos, portarias, acordos, entre outros.
- Sistema anglo-saxão. É o sistema chamado lei comum, que faz parte do direito inglês, e em que a principal fonte de direito não é a legislação, mas as resoluções e sentenças que são proferidas para cada processo judicial específico. No sistema anglo-saxão, a lei é criada nos tribunais tendo em conta a jurisprudência, ou seja, casos anteriores com alguma semelhança. Neste sistema, a hierarquia é chefiada pela jurisprudência seguida pelas leis.
Importância das fontes do direito
As fontes do direito são a base para o direito, que é o instrumento que regula o funcionamento das diferentes empresas. Conhecer as fontes permite ao indivíduo conhecer e compreender o processo de criação das normas e a influência que diferentes fatores exercem sobre elas.
As normas surgem das fontes do direito, que permitem ordenar e estruturar todos aqueles dispositivos que buscam regular o comportamento social e estabelecer deveres e direitos. É importante mencionar que estas regras serão aplicadas desde que emanem das autoridades competentes e o procedimento estipulado seja respeitado.
A importância e a hierarquia das diferentes fontes de direito variarão de acordo com o sistema jurídico aplicado em cada Estado. Em todos os casos, A legislação será atualizada de acordo com o desenvolvimento histórico e social e levará em conta uma ampla variedade de fatores (incluindo alguns que vão além da lei).
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Referências
- “Fontes do direito” no Dicionário Pan-Hispânico de Espanhol Jurídico.
- “Fontes do direito” na Universidade Nacional Autônoma do México.
- “Quais são as fontes do direito internacional?” no Centro de Direitos Humanos e Empresas.
- “Jurisprudência” no Instituto de Informação Legal.
- “Direito consuetudinário” no Cambridge Dictionary.