Conquista

Explicamos o que é a conquista, seus diversos significados e como ela está presente na história. Além disso, a conquista da América e do México.

conquista
Uma conquista é alcançada derrotando adversários ou superando dificuldades.

O que é conquista?

Em geral, quando falamos em conquistar, segundo um dos significados do Dicionário da Real Academia Espanhola, referimo-nos a “conseguir algo, geralmente com esforço, habilidade ou superação de dificuldades”. Ou seja, a conquista É o ato em que se impõe a própria vontade diante da adversidade.em que uma tarefa é alcançada derrotando adversários, superando dificuldades.

É um termo comum, amplamente aplicado a diferentes contextos, que vem do latim conquistarum verbo derivado do particípio do verbo descobrir (“caule”). Este último é composto pelas vozes vigarista (“juntos”, “juntos com”) e perguntar (“procurar” ou “exigir”).

Assim, conquistar está relacionado desde sua origem a verbos como “querer” e “adquirir”, com os quais compartilha a ideia de fazer da nossa propriedade algo que fosse de outra pessoa.

De qualquer forma, a ideia de conquista coloca sempre o protagonista numa posição vitoriosa: a do conquistador, do indivíduo que impôs a sua vontade aos outros ou à própria realidade circundante. Assim, no campo romântico, por exemplo, fala-se da conquista como sinônimo de enamoramento, ou seja, de sedução e convencimento da pessoa amada.

Por outro lado, no âmbito desportivo falamos em “conquistar a vitória” ou “conquistar o ouro” quando uma equipa derrota o adversário e assim recebe um troféu ou medalha de reconhecimento. No entanto, o uso mais comum deste termo tem a ver com história, e especialmente com história política e militar, e refere-se a a invasão de terras estrangeiras e a submissão de outros povos à vontade e serviço dos conquistadores.

Este último sentido é, infelizmente, o mais comum de todos.

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A conquista na história

Ao longo da história humana, numerosas forças políticas e militares expandiram as fronteiras do território através da violência sob seu controle. As disputas pela propriedade da terra entre culturas e povos remontam à antiguidade e podem ser vistas como uma expressão humana da luta pelo controle de um território que muitas espécies de animais costumam realizar.

Quem controla um território decide o que fazer com seus recursos e pode impor sua própria ordem e sua própria visão de mundo, uma vez que condições de escravidão, servidão e assimilação linguística e religiosa são geralmente impostas aos conquistados. Assim, muitas campanhas de conquista militar na Antiguidade e na Idade Média tiveram fundamentos não apenas económicos, mas também étnicos e religiosos.

A lista de conquistadores famosos da história é muito, muito longa, mas entre os mais famosos estão:

  • O Persa Ciro II “o Grande” (575-530 AC)
  • O grego Alexandre, o Grande (356-323 a.C.)
  • O romano Júlio César (100-44 aC)
  • Átila, o Huno (c. 395-453)
  • O mongol Genghis Khan (c. 1162-1227)
  • O turco Mehmed II (1432-1481)
  • Os espanhóis Francisco Pizarro (1478-1541) e Hernán Cortés (1485-1547)
  • O francês Napoleão Bonaparte (1769-1821)

A conquista da América

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A América foi conquistada principalmente pelos impérios espanhol e português.

O processo de invasão militar e subjugação política dos povos pré-colombianos da América do século XVprincipalmente pelas forças militares do Império Espanhol e do Império Português (embora também do Reino Unido e de outros reinos europeus da época), que começou após as viagens de Colombo ao chamado Novo Mundo.

A conquista foi uma guerra longa e cruel, na qual a população local lutou ferozmente contra um exército muito mais bem preparado e tecnologicamente equipado, além de ser portador de novas e letais doenças (como a varíola) para as quais os povos nativos não tinham defesas.

O resultado foi o quase extermínio das culturas locaiscuja população foi reduzida de forma muito significativa, e o início de uma etapa de colonização e assimilação cultural que acabou por lançar as bases do que hoje conhecemos como América Latina (e Estados Unidos e Canadá, na América do Norte).

Como a maioria dos povos indígenas não conhecia a escrita, a conquista foi narrada principalmente do ponto de vista dos invasores, e boa parte do rico legado cultural pré-colombiano perdeu-se para sempre, diante da intensa campanhas de evangelização que a conquista trouxe consigo quase imediatamente.

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A conquista do México

Dentro da conquista da América, o capítulo da conquista mexicana foi um dos principais, no qual O Império Espanhol enfrentou o Império Asteca ou Méxicoo primeiro contando com a ajuda de outros povos nativos inimigos dos astecas (Tlaxcaltecas, Totonacas e outros), que ingenuamente viram a oportunidade de se libertarem do jugo dos vizinhos.

Este conflito Durou entre 1517 e 1521e era chefiado por Hernán Cortés, representante do rei Carlos I de Espanha, e Moctezuma II, tlatoani asteca, bem como pelos seus campeões Cuauhtémoc, Cuitláhuac, Coanácoch, Cacamatzin e outros.

O resultado foi a derrota dos astecas e a sua submissão ao jugo espanhol, bem como a fundação no território mexica do Vice-Reino da Nova Espanha, a primeira das instituições coloniais espanholas na América.

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Referências

  • “Conquista” na Wikipedia.
  • “Conquista da América” na Wikipedia.
  • “Conquista do México” na Wikipedia.
  • “Conquistar” no Dicionário de Línguas da Real Academia Espanhola.
  • “Etimologia da Conquista” no Dicionário Etimológico Espanhol Online.
  • “A conquista do México” de Efraín Herrera Pérez na Universidade Autônoma do Estado de Hidalgo (México).
  • “Conquista” de Julio Esteban Vesub na Teseopress.